Curso de Engenharia Florestal
Rondônia esta localizada plena região amazônica, inserido no contexto da biodiversidade da região norte, com uma superfície de 243.044 km², dos quais cerca de 30% encontram-se desmatados e sem controle racional dos recursos florestais em função do modelo de uso e apropriação da terra.
O desmatamento trouxe com ele, o problema da erosão e perda de solo, que ainda hoje atribui cor barrenta as águas dos rios que cortam o município. Estes e muitos outros fatores, fez com que o Curso de Engenharia Florestal fosse construído nesta região, tanto pelo viés da recuperação ambiental, quando pelo viés do desenvolvimento de novas atividades que venham a desenvolver o município e a região sob uma ótica sustentável, ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa.
Certamente tem havido algum esforço direcionado à exploração florestal mais sustentável, por partes dos órgãos ambientais, porém somente esses órgãos não são suficientes para realizar o controle do desmatamento de forma sustentável. Os novos engenheiros florestais terão qualificação ampla para projetar e gerenciar atividades referentes ao uso dos recursos naturais de forma geral, contribuindo com força técnica para atuação na proteção do meio ambiente juntamente aos órgãos públicos. Atuando assim, de forma ativa e consciente no que se refere ao uso sustentável do meio ambiente, no sentido de melhor conservação ambiental e aproveitamento da biodiversidade da flora local e regional.
É necessário também ampliar os conhecimentos de uso da flora tornando viável o sistema de produção de espécies arbóreas tipicamente amazônicas e alguma exótica já adaptada à região, sem perder de vista um reordenamento no modelo de exploração sustentável da flora e dos solos florestais.
A implantação do Curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal de Rondônia, certamente é de grande importância para a região e para o país, por que além de atender as demandas do setor florestal do Estado, os futuros profissionais terão uma formação técnica a partir de uma realidade conhecida, identificando-se com ela diferentemente de profissionais vindos de outras regiões do país, que levam anos para se adaptarem às peculiaridades das culturas florestais e dos diversos ecossistemas regionais.